Política

Senadores pedem que ideologias fiquem "de lado" no combate ao coronavírus

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A aprovação do PDL 88/2020, projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no país, uniu parlamentares governistas e de oposição. Antes de declararem o voto, nesta sexta-feira (20), vários senadores fizeram questão de pedir a união da classe política em torno de uma causa maior: o combate a uma pandemia que pode matar milhares de brasileiros. A importância do trabalho dos profissionais de saúde também foi destacada durante a votação, que foi realizada de forma remota, pela internet.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi um dos que pediram para que questões ideológicas fiquem "de lado":

"Nada é mais importante neste momento do que estarmos unidos de forma serena, independentemente de cores partidárias. Nossa ideologia agora é salvar vidas, empregos, empresas e investimentos. É fazer o país ser reconstruído de forma mais forte quando essa pandemia passar", afirmou. 

Líder do PDT no Senado, Weverton (MA) protestou contra a decisão do governo brasileiro de não receber estrangeiros de 12 nações, com exceção dos Estados Unidos, país onde a pandemia avança com rapidez. 

"Ontem [quinta-feira], o governo brasileiro baixou um decreto proibindo a entrada de pessoas de 12 países. E, inacreditavelmente, o país que é o segundo onde mais aumenta a proliferação desse vírus, que são os Estados Unidos, não está na lista. Infelizmente, não bloquearam os Estados Unidos. Este momento não é de ideologia, de posições de governo; é o momento de defender o povo brasileiro. É urgente lembrar que não estamos aqui fazendo mais política e nem campanha. Agora é a luta pela sobrevivência e pela vida", argumentou. 

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), por sua vez, disse que o momento de dificuldade extrema pelo qual passa o país pode ter um aspecto positivo: 

"Estamos passando por um momento de grande dificuldade para todos, mas também é um momento em que o Brasil vai reencontrar a solidariedade e o humanismo nas relações. Isso é fundamental para que a gente tenha uma sociedade mais madura e capaz de conviver com as diferenças. Este momento vai oferecer a oportunidade para esse amadurecimento", avaliou. 

(Agência Senado)

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